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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

EU QUERO - E PRONTO!

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Começo citando o filósofo Luiz Felipe Pondé:
A ética do desejo, que recusa abrir mão do próprio desejo em nome de algo maior do que ele, destruiu a noção de caráter. Para a moçada do marketing do desejo, resistir ao desejo é coisa de gente idiota e mal resolvida porque ter caráter não deixa você muito feliz o tempo todo”.
O escritor irlandês Oscar Wilde chegou a declarar: “Posso resistir a tudo, menos às tentações”.
Vivemos numa época em que os desejos definem valores, princípios, decisões, escolhas, atitudes, posturas e ações. A única reflexão exigida para que o próximo passo seja dado, ou seja feito o gesto seguinte, é a da consulta às emoções. “Siga o coração”, costumam recomendar, com teimosa repetição, os inconsequentes conselheiros de plantão.
E os tantos (e tontos) desavisados que, por sua vez, resolvem cumprir os caprichos das fantasias e ilusões do coração, como se fossem uma receita infalível de felicidade, logo irão descobrir o tamanho do abismo que fizeram questão de cavar com os próprios pés — abismo pelo qual serão inevitavelmente tragados.
A Palavra de Deus adverte de modo inequívoco: “o coração é mais enganoso que qualquer outra coisa” (Jeremias 17.9).
E, além disso, avisa: “Não se deixem enganar; de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá” (Gálatas 6.7).
Simples assim.
O coração é enganador. E a grande e imediata vítima das enganações do coração é o próprio ser humano. Em outras palavras, pagam o corpo, a mente e a alma — e, não raro, aqueles com quem se convive — o alto preço cobrado pelas precipitações do coração.
Inúmeros testemunhos, e grande parte deles doloridíssimos, corroboram as afirmações bíblicas acerca da insensatez dos desejos ilícitos e ilegítimos.
Há muita gente achando que basta querer. Gente semelhante a criancinhas mimadas, a filhos egocêntricos cheios de vontades irreprimíveis, sempre dispostos a birras malcriadas a fim de conseguir seus intentos.
Há muita gente dizendo “eu quero, e pronto!”, como se fosse suficiente o desejo em si, sem a avaliação cuidadosa de prós e contras, sem planejamentos e cálculos criteriosos, sem medições e análises coerentes.
Há muita gente dizendo “eu quero, e pronto!”, como se nada mais importasse no mundo, a não ser os objetivos e propósitos acalentados por puro capricho.
Há muita gente que toma uma decisão impensada — “eu quero, e pronto!” — e passa a carregar fardos insuportáveis como resultado dessa escolha.
Há muita gente que bate o martelo — “eu quero, e pronto!” — e, daí para frente, atravessa as tormentas mais devastadoras como desdobramento natural dessa intransigência.
Há muita gente que finca o pé, como jumento empacado — “eu quero, e pronto!” — e, depois, sofre angústias e amarguras decorrentes dessa obstinação sem limites.
Há muita gente padecendo numa relação conjugal arruinada e esfacelada porque um dia decretou: “eu quero, e pronto!
Há muita gente trilhando descaminhos sinuosos e obscuros porque um dia insistiu: “eu quero, e pronto!”.
Há muita gente com o corpo debilitado e as emoções em frangalhos porque um dia teimou: “eu quero, e pronto!”.
Há muita gente que olha para trás e só consegue ver um rastro lamentável de oportunidades perdidas, dias desperdiçados, amizades desfeitas e ressentimentos acumulados porque um dia resolveu: “eu quero, e pronto!”.
Muita gente...
Você está entre eles?
Você também quer e pronto?
Então, esteja preparado para colher os frutos amargos dessa amarga semeadura.
E pronto.
Fonte: Blog do Pr. Novaes da igreja Batista

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