RADIO IPB DE LIMOEIRO DO NORTE/CE

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

VERDADES QUE TODO PECADOR PRECISA SABER PARA NÃO PERECER NO FOGO DO INFERNO

Pr. Dorisvan Cunha

1. DE DEUS, O ETERNO
Há um só Deus vivo e verdadeiro, o qual é infinito em seu ser e perfeições, Criador do Universo e de tudo o que nele existe. Ele é absolutamente santo, justo e bom.

2. DA LEI DE DEUS
Deus tem uma Lei que também é Santa, Justa e Boa a qual é o seu padrão de moral e de conduta. Esta Lei está resumida em 10 mandamentos (Ex 20); Deus exige que todos obedeçam esse padrão, caso contrário estarão reprovados diante Dele no juízo. .

3. DA MINHA FALÊNCIA
O meu e o seu problema, pecador, é que nós, em Adão, violamos o padrão de Deus e somos culpados diante Dele. Isso, de tal forma que hoje, no século XXI, não temos capacidade de satisfazer totalmente a Deus em tudo o que ele exige de nós, posto que qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. (Tiago 2.10). Aqui está a nossa divisão interior e nossa queda. Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?

4. DA ABSOLUTA NECESSIDADE DO MEDIADOR
O ponto 4 me prova que Deus só se satisfaz com uma justiça perfeita, sem a qual estarei condenado para sempre ao fogo do inferno. Devo, portanto, tomar consciência de que eu não possuo tal justiça para apresentar diante Dele, por isso preciso urgentemente e desesperadamente de alguém que a tenha e que satisfaça a Deus totalmente em meu lugar, caso contrário morrerei prisioneiro do pecado e serei lançado no mais profundo abismo.

5. DA INCAPACIDADE DE TODOS OS HOMENS
Para aumentar meu desespero, ou para minha consolação momentânea (depende do ponto de vista) devo também tomar conhecimento de que Jamais encontrarei entre os filhos dos homens, de toda a história humana, alguém que tenha tal justiça para me ajudar diante de Deus no dia do juízo, posto que não há nenhum justo, nenhum sequer, uma vez que todos pecaram e estão alienados do Deus Eterno para sempre (Rm 3. 9-10).

6. DO ETERNO AMOR DE DEUS
A Verdade do Evangelho para o homem do século XXI é que você não precisa mais viver desesperado e com medo das chamas eternas. A justiça que você procura já se manifestou através da pregação do EVANGELHO (Rm 3.21). O que aconteceu é que Deus, Sendo rico em Misericórdia, por causa do grande amor com que me amou, sabedor de nossa incompetência e incapacidade em cumprir toda a sua Lei, satisfazendo, assim, suas exigências, enviou seu Amado Filho Jesus Cristo, A Esperança das Esperanças, o Sol nascente das alturas, para viver uma vida perfeita (que eu nunca vivi) e para morrer condenado no monte da Caveira no meu lugar (posto que o mereço por ser pecador é a morte) (Ef 2; Rm 3). Esta é a Verdade do Evangelho.

7. DA JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ
Quando cremos nesta verdade, hoje, no século XXI, Deus coloca na conta de Jesus todas as nossas transgressões, nossos pecados, nossa rebelião original e nossas deformidades de alma e de caráter; e, além disso, Ele deposita em nossa conta a justiça perfeita e santa do Cristo da Cruz, garantindo-nos que, de agora em diante, por causa da vida perfeita e da morte cruel do seu Filho, nós estamos justificados e totalmente livres da maldição e da condenação da Lei que estava sobre nós.

8. DO RESULTADO
Quem Creu nesta verdade abraçou A VERDADE DO EVANGELHO. E quem abraça o Evangelho deve tomar conhecimento de que, agora, no século XXI, pode viver sem o peso eterno da condenação, posto que tal peso acabou para sempre, na CRUZ DE CRISTO. Portanto, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da culpa do pecado e da morte para sempre (Rm 8.1-2).

9. DA PERSEVERANÇA DOS SANTOS
Finalmente, eu tenho que crer que Deus não corre o risco de deixar de me amar. Paulo afirmou com precisão em Romanos 8.30-39: “aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou. Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem se atreve a nos acusar, a nós que Deus escolheu para sermos dele? Será que Deus fará isso? Nunca! Foi Ele quem nos perdoou e nos deu o direito de ficar com Ele. Quem nos condenará, então? Cristo? Não! Foi Ele quem morreu por nós e voltou à vida por nossa causa, e agora está sentado no lugar de maior honra junto a Deus, rogando por nós lá no céu.- Quem, então, pode jamais ocultar de nós o amor de Cristo? Quando estamos em aflição ou em desventura, quando somos perseguidos de morte ou destruídos, será que isso acontece por que Ele não mais nos ama? E se tivermos fome, ou ficarmos, sem dinheiro, ou passarmos por perigos, ou formos ameaçados de morte, será pois que Deus nos desamparou? Não, pois as Escrituras nos dizem que por sua causa precisamos estar prontos a enfrentar a morte a qualquer momento do dia - somos como ovelhas, prontas a ser abatidas no matadouro. Mas apesar de tudo isso, temos uma vitória esmagadora por meio de Cristo, que nos amou a ponto de morrer por nós. Estou convencido de que nada poderá jamais nos separar do seu Amor. A morte não o pode, nem tampouco a vida. Os anjos não o poderão, e todas as forças do inferno não poderão afastar de nós o amor de Deus. Nossos temores pelo dia de hoje, nossas preocupações sobre o dia de amanhã, ou o lugar onde estivermos - bem alto no céu, ou nas profundezas do mar - nada, jamais, será capaz de separar-nos do amor de Deus demonstrado pelo nosso Senhor Jesus Cristo quando morreu por nós”.

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ephesians 2.8-9).
ESTA É A VERDADE DO EVANGELHO!
CREIA! JÁ ESTÁ TUDO CONSUMADO!

POR QUE DEUS ME SALVOU


R. C. SPROUL

Não conheço nenhuma pergunta teológica mais difícil de responder do que essa. Tenho estudado teologia por muitos anos, e ainda não consigo pensar numa razão que responda completamente por que Deus me salvaria ou a qualquer pessoa.

Algumas pessoas dão uma resposta muito simples a essa pergunta. Dizem que Deus o salvou porque você colocou sua confiança e sua fé em Cristo quando respondeu ao chamado do evangelho. A primeira vista essa é, certamente, uma resposta legítima, porque somos justificados pela fé e somos chamados a dar essa resposta.

Mas a pergunta mais profunda é: Por que você respondeu ao evangelho quando o ouviu e outra pessoa que o ouviu também — inclusive na mesma reunião e no mesmo momento — não respondeu a ele? O que havia em você que o levou a responder positivamente enquanto outros são levados a rejeitá-lo? Faço essa pergunta a respeito de minha própria vida. Poderia dizer que a razão pela qual eu respondi é que eu sou mais justo do que a outra pessoa. Deus me livre de dizer isso no dia do julgamento. Posso pensar que eu sou mais inteligente do que os outros, mas não desejo dizer isso também. Alguém pode dizer que eu reconheci melhor a minha necessidade do que as outras pessoas, mas mesmo esse reconhecimento é uma mistura de pelo menos um certo grau de inteligência e um certo grau de humildade, o que, na sua maior parte, encontraria suas raízes, em última análise, na graça de Deus. Tenho de repetir com o ancião, apenas pela graça de Deus eu prossigo. Não posso dar nenhuma outra razão do motivo de ser salvo senão a graça de Deus.

A Bíblia diz muitas coisas sobre o motivo de Deus iniciar a salvação das pessoas: Ele ama o mundo, tem uma atitude benevolente para com suas criaturas caídas. Sabemos disso. Mas quando chegamos aos detalhes mais específicos, a Bíblia fala do soberano trabalho de redenção de Deus e usa os termos eleição e predestinação. Essas são palavras bíblicas. O que está por trás da graça predestinadora de Deus ou de sua eleição? Alguns dizem que Deus prevê as escolhas das pessoas. Creio que isso remove o próprio cerne do ensino bíblico.

Quando as Escrituras falam a respeito da eleição que Deus faz de pessoas, falam de Deus elegendo pessoas em Cristo; nossa salvação está alicerçada em Jesus. Isso me leva a pensar no seguinte: você e eu somos salvos não apenas pelo cuidado de Deus a nosso respeito, mas especialmente, e em última análise, pela absoluta determinação de Deus em honrar o seu filho obediente. Nós somos as dádivas de amor que o Pai dá ao Filho, de forma que o Filho, que viveu uma vida de perfeita obediência e morreu na cruz, possa ver a agonia de sua alma e ficar satisfeito. Creio que essa é a razão principal pela qual Deus nos salva: honrar a Cristo.

É JUSTO NASCERMOS PECADORES


R.C.SPROUL

Por que é justo que toda a humanidade nasça em pecado por causa da queda de Adão?
Creio que o Novo Testamento ensina que o mundo inteiro nasce dentro das conseqüências de uma natureza decaída por causa do pecado de Adão e Eva. O Novo Testamento repete essa idéia freqüentemente — "que pela desobediência de um homem a morte veio ao mundo." Isso tem sido razão de muito protesto teológico. Que tipo de Deus puniria todas as pessoas com as conseqüências de um pecado individual? De fato, isso parece ser contrá­rio ao que ensina o profeta Ezequiel. Ele advertiu o povo de Israel quando disseram que os pais haviam comido uvas verdes e os dentes dos filhos nasceram embotados. O profeta diz que Deus trata cada pessoa de acordo com seu próprio pecado. Ele não pune a mim por aquilo que meu pai fez, nem pune meu filho por aquilo que eu fiz, embora as conseqüências pos­sam atingir até três ou quatro gerações. A mensagem de Ezequiel parece ser que a culpa não é transferida de uma pessoa para outra.
Isso torna a questão muito mais complicada. Em protesto, gostaríamos de dizer: "Nenhuma condenação sem representação." Não gostamos de ser responsabilizados por algo que outra pessoa fez, embora haja ocasiões em nosso sistema de justiça em que reconhecemos um certo grau de culpabilidade por aquilo que outra pessoa faz por razão de uma conspiração criminal.
Por exemplo, posso contratá-lo para matar alguém. Mesmo que eu esteja longe da cena do crime e não puxe o gatilho, ainda posso ser julgado por assassinato em primeiro grau. Sou culpado da intenção e malícia de preme­ditar aquilo que você executou na realidade.
Você pode argumentar que essa é uma analogia muito pobre sobre a queda porque ninguém contratou Adão para pecar contra Deus em meu nome. Obviamente não fizemos isso. Ele foi designado como representante de toda a raça humana. Novamente, tendemos a achar que isso é difícil de engolir porque não gosto de ser responsabilizado por aquilo que o meu representante faz se não tive a oportunidade de escolher o meu representante. Certamente, não escolhi Adão para me representar. Essa é uma das razões pelas quais gostamos de ter o direito de eleger nossos representantes no governo: As atitudes que eles tomam na esfera política têm enormes conse­qüências em nossas vidas. Nem todos podemos estar na capital do país pro­mulgando a legislação. Desejamos eleger nossos representantes na esperança de que eles representarão corretamente nossos desejos e nossas vontades.
Não houve nenhuma ocasião na história da humanidade em que você estivesse mais perfeitamente representado do que no Jardim do Éden, porque o seu representante foi escolhido infalivelmente por um Deus onisciente, perfeitamente santo, perfeitamente justo. Portanto, não posso dizer que eu teria agido de maneira diferente de Adão.
Um último ponto: se por princípio objetamos que Deus permite que uma pessoa aja pela outra, isso seria o fim da fé cristã. Toda nossa redenção repousa no mesmo princípio, que através das obras de Cristo nós somos redimidos.