RADIO IPB DE LIMOEIRO DO NORTE/CE

domingo, 23 de outubro de 2011

PROFESSOR ...

A MAIS PURA REALIDADE, INFELIZMENTE!

AH... E UM "PEQUENO DETALHE": É A ÚNICA CATEGORIA Q SE FIZER GREVE,
É OBRIGADO A REPOR AULAS AOS SÁBADOS, EM BREVE CRIAM TAMBÉM OS DOMINGOS.
Jô Soares

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!

Se É jovem, não tem experiência.
Se É velho, está superado.
Se Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Se Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Se Fala em voz alta, vive gritando.
Se Fala em tom normal, ninguém escuta.
Se Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Se Precisa faltar, é um 'turista'.
Se Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Se Não conversa, é um desligado.
Se Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Se Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Se Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Se Não brinca com a turma, é um chato.
Se Chama a atenção, é um grosso.
Se Não chama a atenção, não sabe se impor.
Se A prova é longa, não dá tempo.
Se A prova é curta, tira as chances do aluno.
Se Escreve muito, não explica.
Se Explica muito, o caderno não tem nada.
Se Fala corretamente, ninguém entende.
Se Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Se Exige, é rude.
Se Elogia, é debochado.
Se O aluno é reprovado, é perseguição.
Se O aluno é aprovado, deu 'mole'.

É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!
ATUALIZA AI ... ESTAMOS EM 2011, NADA MUDOU !!

sábado, 15 de outubro de 2011

152 ANOS DE PRESBITERIANISMO NO BRASIL


A Igreja Presbiteriana do Brasil comemorou neste dia 12 de agosto de 2011 os seus 152 anos de existência no Brasil, embora saibamos que a presença reformada em solo tupiniquim antecede, e muito, esta data. Pois foi em 21 de março de 1557 que houve a primeira Santa Ceia de orientação reformada no Brasil, mais precisamente na baía da Guanabara, ministradas pelo Rev. Pierre Richier e seu auxiliar, o Rev. Guillaume Chartier, pastores enviados pessoalmente pelo próprio João Calvino. Quase cem anos depois, entre os anos 1637 e 1644, o nordeste brasileiro viveu forte influência da Igreja Reformada quando a região de Pernambuco foi comandada por Maurício de Nassau. Portanto, a fé reformada ronda as nossas terras desde o século XVI, ou seja, há 454 anos.

Mas foi em 12 de agosto de 1859 que o Rev. Ashbel Simonton, missionário estadunidense, chegou ao Brasil para plantar a Igreja Presbiteriana. Seu ministério aqui foi de apenas oito anos quando veio a falecer de febre amarela aos 34 anos de idade. Mas foi o próprio Deus, em sua fidelidade, que plantou e preservou o povo presbiteriano brasileiro e hoje a Igreja Presbiteriana do Brasil é uma grande e respeitada denominação.

Após toda esta trajetória vivenciada pela fidelidade pactual do Senhor Deus, seria oportuno refletir um pouco sobre a relevância da IPB em solo brasileiro e qual seria o seu legado. Acredito que os desafios são muitos, e há muita coisa boa a se imitar de nossos pais do passado. Por este motivo, quero destacar aqui apenas quatro desafios que devemos preservar como igreja no Brasil, existente na sociedade brasileira:

1) Fidelidade na pregação da Palavra. Durante a jornada do povo de Deus ao longo dos tempos, muitas foram, e ainda são, as tentativas de se esvaziar as Escrituras Sagradas de seu conteúdo básico. As heresias, as superstições e o humanismo buscam inserir ideologias enfraquecedoras da firme, irremovível e inabalável Lei do Senhor. E não há como negar a triste constatação de muitos pregadores presbiterianos que subscrevem tais idéias alienígenas à nossa única regra de fé e de prática. Por isso, nosso desafio continua em desmascarar todas as bravatas e sofismas que, em nome do pragmatismo ou do intelectualismo estéril, tentam desonrar a preciosa revelação divina. Portanto, a Igreja Presbiteriana deve continuar fiel na pregação da Palavra!

2) Comportamento ilibado pela santificação. O mundo está cansado dos teatros e das dissimulações decorrentes de igrejas que nada mais são do que sepulcros azulejados em picadeiros psicodélicos. É preciso compreender de uma vez por todas que o verdadeiro brilho diante das multidões não é aquilo que a carne, o mundo ou Satanás podem replicar. O verdadeiro brilho que ofusca as multidões é a vida de piedade e de obediência à Lei do Senhor Deus. Vidas impolutas, vidas santas! É disso que o mundo necessita para imitar. Portanto, a Igreja Presbiteriana deve continuar santa neste mundo depravado!

3) Engajamento na evangelização mundial. Esta obrigação que recai sobre cada crente é indiscutível. Neste sentido, é ato de infidelidade não se envolver com a proclamação das virtudes do nosso Deus aos pecadores. O próprio missionário Simonton, nosso pioneiro, foi um instrumento divino para a plantação de nossa igreja no Brasil. Ele mesmo foi desafiado à evangelização mundial por Charles Hodge e enviado ao Rio de Janeiro pela Igreja Presbiteriana dos EUA (PCUSA), entidade que já mantinha vários postos missionários na Índia, na Tailândia, na China, no Japão e na Colômbia desde 1837. Este é o grande exemplo que temos dos nossos antepassados. Nisto devemos também ser fiéis. Portanto, a Igreja Presbiteriana deve continuar engajada na evangelização ao redor do mundo!

4) Coerência quanto aos parâmetros teológicos. Hoje em dia, o termo evangélico é sinônimo de superficialidade ou de polissemia doutrinária. Não há mais robustez teológica nem compromisso com a Verdade. O que se vê e o que se ouve são inovações nocivas ao zelo peculiar às práticas daquilo que pertence ao Senhor Deus e à sua Palavra. Um exemplo disto é a noção atual de autoridade, presente nos títulos esdrúxulos que identificam aqueles que intitulam a si mesmos como apóstolos, patriarcas ou arcanjos. Além disso, o liberalismo inoculado mansamente envenena a muitos contra tudo aquilo que prioriza os valores morais e éticos de Deus. Ou seja, relativiza o pecado para adequar a teologia às práticas prazerosas dos membros, dando-lhes conforto na depravação. Isso se vê no cotidiano, no discurso e nas liturgias lamentáveis. Não nos esqueçamos de que somos reformados, conseqüentemente possuímos uma teologia muito bem expressa por meio dos nossos símbolos de fé que, no ingresso à igreja, prometemos observar ao longo de nossa vida como crentes. Portanto, a Igreja Presbiteriana deve continuar coerente à sua teologia expressa em seus símbolos de fé!

É importante concluir dizendo que o conjunto destas práticas não deve ser visto como um fim em si mesmo, mas todas elas, assim como todas as nossas demais ações e pensamentos, devem ser unicamente para a glória devida ao nosso Deus, o motivo da nossa existência como igreja e o preservador desta obra até ao Dia do Senhor Jesus.

Que neste ano a mais de vida, que nas comemorações dos 152 anos de existência no Brasil, reflitamos sobre a nossa identidade e o nosso propósito neste mundo.

Sola Scriptura.

O QUE É SER EVANGÉLICO?


Carta fictícia a uma moça que se orgulha de ser evangélica no atual contexto brasileiro
.

"Cara Eva Angélica .

Obrigado por escrever e por se interessar por minhas escolhas e pelo meu estilo de vida conforme o Evangelho de Cristo. Obrigado pelas fotos e também por informar sobre a sua atuação como presbítera e a maneira, segundo sua definição, "poderosa e ungida" como conduz a igreja. Devo dizer que discordo cabalmente de tudo, mas obrigado assim mesmo.

Você me perguntou por que não me considero mais um “evangélico” desde o ano de 1996. E me perguntou ainda o que há nos evangélicos que me afasta cada vez mais do tal título.

Bem, em primeiro lugar devo dizer que há muita gente e instituições sérias e bíblicas que são identificadas como evangélicas. São um grupo raro e escasso de pessoas que buscam uma vida piedosa e comprometida com Deus, a estes eu chamo de evangélicos-crentes. Seria leviano de minha parte generalizar, portanto o meu problema não é com este pequeno e raro grupo. A| minha dificuldade é com os demais, ou seja, com o grande curral que abriga o grupo cristão-evangélico que usam o título por não se considerar cristão-católico ou cristão-espírita.

Eva, não há como negar que o termo “evangélico” hoje está esvaziado de conteúdo e definição. Para provar isso, acompanhe comigo e veja algumas características estarrecedoras, lembrando que tais características não incluem o grupo evangélico-crente supracitado.

Começo falando sobre o pecado que não é mais tratado com arrependimento e desejo por santificação. A moda agora é exorcizar os espíritos do adultério, da mentira, da maledicência, da inveja etc. Ou seja, não há mais pecadores, mas sim vítimas inocentes possessas por espíritos imundos, e a única maneira de "santificá-los" é através da "palavra poderosa de exorcismo" ou como preferem: de "libertação". Isso, Eva, é ser evangélico.

Menciono também o fato de que a autoridade não está mais na exposição das Escrituras, aliás, não há mais pregação da Palavra. E para preencher este vazio de autoridade, os mais escabrosos títulos são conferidos: bispo, apóstolo, arcanjo, patriarca. Resumindo, se não há mais a autoridade da Palavra então que haja, pelo menos, a "autoridade" do título. Isso é ser evangélico.

Os cultos não são mais direcionados reverentemente ao Senhor Deus, são realizados para o deleite humano por meio de sessões que incluem exorcismo, mantra, êxtase, apelos, auto-ajuda, cura de enfermidades etc. E em meio a tudo isso, o Deus Todo-Poderoso é transformado em mero coadjuvante que potencializa todo o poder dos dirigentes de tais cultos. Mais uma vez, isso é ser evangélico.

Artefatos sagrados e relíquias são amplamente utilizados para a libertação de seus usuários. Desde as réplicas da Arca da Aliança aos óleos “consagrados”, tudo se transforma em objetos que possuem poder em si mesmos, basta tocá-los ou colocá-los em contato com alguma peça de roupa de outrem para que o milagre ocorra. Isso também é ser evangélico.

O princípio de autoridade masculina é abalroado com a existência de pastoras, bispas (sic)[1], apóstolas[2] e até matriarcas que mandam ver nas igrejas, principalmente nos cultos. O esquema divino (que inclui em ordem de autoridade, Pai, Filho, homem e mulher, conforme 1 Co 11: 3) é totalmente destruído. Embora isso tenha início nas comunidades liberais, não há como negar que hoje tal prática também significa ser evangélico.

A simplicidade dos ministros da Palavra é substituída pelos famosos “evangelistas” que ficam milionários cada vez mais, e cada vez mais caçam dinheiro para financiar seus mega projetos pessoais e profissionais que incluem aviões, horários em televisão, editoras, gravadoras, carrões, mansões e tudo que possa existir de caro e dispendioso. Isso, minha cara, é ser evangélico.

As igrejas estão abarrotadas de super-heróis da fé que negam para si a condição de humilhação, de enfermo, de pobre, de alguém considerado como ovelha para o matadouro, de perseguido, enfim, negam o conteúdo do Evangelho pregado pelo Senhor Jesus e pelos apóstolos. Aliás, estes passariam longe daquilo que hoje é considerada uma vida abençoada. Essa heresia também é ser evangélico.

A soberania divina há séculos é combatida pelos humanistas que se disfarçam de cristãos. São os que afirmam que Deus não possui nenhum controle sobre a vontade humana, ao contrário, o homem é que possui o controle de si mesmo por meio do “livre-arbítrio”. Aliás, o que existe no Trono do céu é a total desinformação sobre a criatura e sobre o tempo futuro. É o teísmo esgarçado que humaniza a mente de Deus e eleva a mente humana ao divino. Não há como negar Eva que isso é ser evangélico.

Ao contrário dos antepassados bíblicos que denunciavam a corrupção dos reis e governadores, hoje a moda é posar ao lado de autoridades, fazer campanha partidária dentro da igreja em tempos de eleições e afirmar que os evangélicos devem invadir Brasília, bem como os palácios estaduais e municipais para que Deus possa agir na sociedade. Bem, nem vou dar-me o trabalho de comentar essa tolice, o que ressalto apenas é a vergonha da corrupção evangelicalizada que ora agradecendo o ganho de propina para trocar o piso da igreja ou para pagar mais uma prestação da Rádio Emissora Gospel adquirida pelo "irmão" político. Isso tem sido a política partidária evangélica.

E o que falar da música gospel? Um horror! O que há de mais grave nisso é a confusão instaurada hoje que transforma o show em culto e o culto em show. Os cantores evangélicos realizam um desserviço ao verdadeiro Evangelho, não só por disseminar heresias e blasfêmias, mas por nos obrigar a conviver com um tipo de música-porcaria que está alinhada com a música-lixo que toca na maioria das rádios hoje. Se for gospel então é evangélico.

Bem, creio que devo parar por aqui para evitar que minha carta se torne um “classificados” e você não passe da metade, pois ser evangélico é ler pouco e cantar muito, daí o ser raso e antibíblico.

Querida Eva, espero ter sido claro na minha argumentação em demonstrar o paganismo que se instaurou nesse meio. Quanta gente vive enganada e quanta vergonha passamos nós por causa desse grupo. Meu desejo sincero é que você reflita um pouco mais e faça um contraste entre a Palavra de Deus e os evangélicos no Brasil. Tomara que você mude de opinião!

Fonte: http://alfredo-de-souza.blogspot.com



Sola Scriptura

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Soberania divina
e
responsabilidade humana



“Nos céus estabeleceu o Senhor o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo”. Salmo 103:19:

Daniel 4:34,35: “Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?”.

O autor do livro “Deus é Soberano” A W Pink diz que tem-se ressaltado com freqüência o requisito fundamental na exposição da Palavra de Deus que é a necessidade de preservar o equilíbrio da Verdade.

Duas coisas são indisputáveis: Deus é soberano, o homem é responsável. Existe o perigo de salientar indevidamente uma delas, e de negligenciar a outra. Reconhecemos sem hesitação; e a história nos oferece numerosos exemplos de ambos os casos. A W Pink continua a dizer que ressaltar a soberania de Deus, sem acentuar, ao mesmo tempo, que a criatura é responsável, tende ao fatalismo.

Muitas vezes uma faceta do ensino da Palavra de Deus tem chamado mais atenção de determinadas pessoas do que outra, fazendo com que se dê mais ênfase aquele ensino em detrimento do outro. A pessoa só fala sobre aquela doutrina, sobre aquele assunto, não enxergando outros aspectos do ensino bíblico geral.

O apóstolo Paulo falando aos presbíteros da igreja de Éfeso ele disse: “porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus” (Atos 20:27). Cabe ao cristão o dever de conhecer todo desígnio de que Paulo falou, ou seja, todo ensino bíblico, e assim sendo ensinar de maneira a edificar tanto a si mesmo como aos demais.

Fico pensando como Paulo e Tiago escreveram sobre a justificação homem diante de Deus. Esse entendia que a fé sem obras é morta, enquanto que aquele dizia que as obras sem a fé para nada adiantavam. Juntando os dois pensamentos podemos ver que ambos estão lutando contra heresias que traziam perigo ao cristianismo. São como dois soldados do mesmo exército, um de costas para o outro, mas ambos defendendo o mesmo território. Podemos nos apegar ao ensino de Paulo em detrimento do ensino de Tiago, ou vice-verso. É um perigo que corremos.

Assim também com a soberania divina e a responsabilidade humana. Precisamos contrabalançar uma com a outra. Se tivermos olhos só para a soberania divina estaremos incorrendo em erro e se olharmos somente para a responsabilidade humana também incorreremos em grande erro.

A W Pink, diz que “há dois lados em tudo, até no caráter de Deus, pois ele é “luz” (I João 1:5), mas também é “amor” (I João 4:8). E, por essa razão, somos exortados a “considerar a bondade e a severidade de Deus” (Romanos 11:22).” Pregar sempre um lado e excluir o outro é moldar uma caricatura do caráter divino.

Vivemos dias difíceis. Tudo parece desconjuntado. Parece que satanás quem está no controle e não Deus. Ao invés de termos segurança pública, cada dia que passa vemos que os bandidos estão ganhando terreno. Já são 13 os agentes penitenciários que foram mortos. O terrorismo em vários lugares: Israel, Nova York, Londres e outros.

A agitação, a insatisfação, a ilegalidade, propinas, roubos, injustiças. As CPIs de tudo quanto há coisa. Escândalos na elite política do país, demonstrando o egoísmo, a insensibilidade e a perversão de homens que deviam ser exemplos para o povo.

Muitas vezes somos surpreendidos com tais coisas, mas Deus não se deixa ser apanhado desprevenido. Não há emergência inesperada que surpreenda a Deus, pois ele “faz todas as cousas conforme o conselho da sua vontade” (Efésios 1:11). Tem que ser assim, porque “dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas” (Romanos 11:36).

A Soberania de Deus é uma verdade revelada a nós, nas Escrituras, para o conforto dos nossos corações, o fortalecimento das nossas almas e bênção de nossas vidas.

Devemos conhecer e apreender de maneira efetiva o ensino sobre a soberania de Deus, pois isso promoverá em nós o espírito de adoração, de piedade e de zelo. Essa doutrina nos coloca no lugar que o homem tem que estar, ou seja, no pó. Coloca Deus no lugar que lhe pertence, ou seja, no alto e sublime trono.

Deus quem diz essas palavras: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos” (Isaías 55:8,9).

A visão de Deus reinando de seu trono é repetida muitas vezes. Em I Rs 22.19- “Micaías prosseguiu: Ouve, pois, a palavra do Senhor: Vi o Senhor assentado no seu trono, e todo o exército do céu estava junto a ele, à sua direita e à sua esquerda.” Em Is 6.1 – “No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo.” O Salmo 47:7 diz –“Deus é o Rei de toda a terra; salmodiai com harmonioso cântico.” Há muitas outras passagens que enfatizam o poder divino, seu reino e governo sobre o universo.

Deus governa e dirige tudo, ele determina como ele mesmo escolhe e realiza tudo o que determina, e nada pode deter seu propósito ou frustrar os seus planos. Ele exerce o seu governo no curso normal da vida, bem como nas mais extraordinárias intervenções ou milagres.

Todos os seres racionais, sejam angélicais ou humanos, gozam de livre ação, isto é, têm a livre agencia, - o poder de tomar decisões pessoais quanto àquilo que desejam fazer. Não seriam seres morais, responsáveis perante Deus, o Juiz, se não fosse assim. Em genesis 50.20 diz “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida.”

O fato da livre ação nos confronta com um mistério. O controle de Deus sobre os nossos atos livres – atos que praticamos por nossa própria escolha – é tão completo como o é sobre qualquer outra coisa. É verdade que o homem tem vontade, mas Deus também tem vontade, o homem é dotado de poder, mas Deus é o onipotente.

O “Deus altíssimo” (Isaías 9:6) antes da fundação do mundo fez os seus planos; e, sendo o Senhor infinito em poder, seu plano, não pode ser resistido ou impedido pelas criaturas de suas próprias mãos. Vejamos alguns aspectos da soberania divina.

A soberania de Deus é universal. Ela se estende sobre toda a criação; todo universo, todo o cosmos. Da mais complexa forma de criatura vivente até a ameba, uma das formas mais simples. No reino das criaturas vivas, Deus exerce poder sobre anjos, humanidade e animais inferiores. Nada acontece sem o consentimento divino. Em Mateus 10:29-31 diz ”Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai. E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados. Não temais, pois! Bem mais valeis vós do que muitos pardais.” (Veja vv.16-33; cf. v.30 com Lucas 21:18)

A soberania de Deus é absoluta. Sua autoridade é perfeita em sua gerência; ela é exercida pelo saber infinito de Deus, e é suprema na extensão de seu poder, glória e domínio. Não podemos limitar Deus. No avanço de Seus propósitos e planos eternos, Deus age como Lhe agrada com todos os seres dos céus e da terra. Nada em toda a criação é capaz de resistir à vontade de Deus, ou frustrar os Seus propósitos — seja por meio de homens ou anjos ou qualquer outra coisa. Em Isaías 14:24 diz “Jurou o Deus dos Exércitos, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e, como determinei, assim se efetuará.”

A soberania de Deus é imutável. Ela permanece inalterável durante todo o tempo, e sob todas as circunstâncias. O governo e domínio soberano de Deus não podem ser ignorados; ele não pode ser rejeitado, e não pode ser frustrado ou impedido pela humanidade ou por qualquer outra coisa na criação. O poder e domínio soberano de Deus amarram todas as criaturas tão completamente quanto as leis físicas amarram o universo material. O que Deus decretou ou pré-ordenou deve inevitavelmente acontecer. Em Salmos 33:10-11 diz “O SENHOR frustra os desígnios das nações e anula os intentos dos povos. O conselho do SENHOR dura para sempre; os desígnios do seu coração, por todas as gerações.”

Concluímos que Deus é soberano e o homem é responsável. São duas verdades que não sabemos onde elas conciliam. Soberania divina e responsabilidade humana são ensinos que estão claramente exarados nas Escrituras Sagradas, não há o que duvidar ou discutir. È mistério e isso nós aceitamos não pela razão mas pela fé.

Devemos nos deleitar em ambas doutrinas. Saber que Deus é “Deus” e acabou, ponto final, isso nos trás segurança e certeza. Saber que somos responsáveis nos trás temor e tremor diante de Deus que é justo Juiz.