Quando
falamos sobre Avivamento uma pergunta específica e direta precisa ser
respondida: queremos realmente experimentá-lo? Em outras palavras,
estamos dispostos a vivenciá-lo da forma que Deus quer? Ou queremos
estabelecer para ele as nossas regras humanas e denominacionais? Muitos
pastores e líderes não falam sobre o assunto pela simples razão de não
se abrirem para Deus a partir da perspectiva Dele, mas querem,
veladamente, estabelecer suas estratégias e métodos para o Avivamento.
Um
dos princípios básicos sobre a obra do Avivamento relaciona-se à
Soberania de Deus e não à nossa. O Dono do Avivamento é Deus e não o
homem. Isso precisa ficar bem assentado em nossas mentes, caso queiramos
pedir a Deus uma manifestação soberana Sua sobre a igreja. Muitos
pastores que afirmam crer na doutrina da Soberania de Deus não a levam
até as últimas conseqüências e para além de suas concepções
denominacionais e históricas. Dizem-se calvinistas e defendem a
Soberania de Deus de forma parcial e condicional, pois estão presos a
uma concepção cultural e filosófica disfarçada de Teologia Sistemática.
Tentam enquadrar a ação da Divindade em suas interpretações teológicas e
percepções pessoais, que pela sua natureza, se distanciam da Teologia
Bíblica e da Teologia Prática. Preferem a sistematização do que a
liberdade prática e imanente de Deus.
Quando são questionados sobre a liberdade de Deus em agir da forma e da maneira como Ele quer, respondem que o Soberano não pode mais fazer nos dias de hoje como fez no passado (vejam a contradição de termos), pois não é assim que Deus age mais, pelo fato de não haver mais necessidade para isso. E até encontram razões bíblicas para justificar a inércia divina com relação ao Avivamento. Esquecem-se de que a própria História da Igreja Cristã nega-lhes a verdade e a autorização para falarem em nome de Deus. Em toda a sua história, a igreja de Jesus já passou por situações concretas da ação soberana de Deus, reavivando a igreja e trazendo uma revitalização poderosa do Espírito Santo sobre ela, e nesses momentos Deus agiu de modo inesperado e fora dos padrões de conduta normais e denominacionais.
Essa
é uma das razões que nos faz pensar no Avivamento como uma necessidade e
não como um modismo humano, controlado ou fabricado por aqueles que
“determinam” a maneira e o modo de Deus atuar ou de não atuar. Um fato
que nos alenta quanto a isso e do qual nunca devemos nos esquecer é que
Deus não tem uma denominação. Aleluia! E por isso não está preso as
condições de nossa Teologia denominacional por melhor que ela seja. Deus
é livre e apenas Ele o pode ser. A ninguém deve prestar contas,
diferente de nós humanos e mortais.
Certa
vez, uma irmã me chamou de um “pastor avivado” e eu falei para ela que
estava longe de ser uma pessoa avivada, mas que era um pastor animado
pela busca por um verdadeiro Avivamento que tivesse fundamento não em
mim, mas apenas em Deus. Que esta seja a nossa busca, postura e
esperança. Na semana que vem daremos continuidade a essa temática para
pensarmos sobre os aspectos que fazem do Avivamento do Espírito uma
urgente necessidade para cada um individualmente e para toda a igreja.
Um grande abraço daquele que crê, espera e busca!
Pr. Paulo Emílio
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