RADIO IPB DE LIMOEIRO DO NORTE/CE

sábado, 17 de abril de 2010

Igreja presbiteiana do Brasil se manifesta sobre o acordo do presidente Lula com Vaticano.

Manifesto da Igreja Presbiteriana do Brasil sobre o acordo firmado entre a República Federativa do Brasil e a Santa Sé, e a “Lei Geral das Religiões” (Projeto de Lei n.º 5.598/2009 e o PLS 160/2009

I. - O Vaticano, embora um Estado Soberano e Pessoa Jurídica de Direito Público Internacional, é a sede política e administrativa da religião Católica Apostólica Romana e, portanto, um Estado Teocrático. Todo acordo entre Ele e o Brasil que contemple matéria envolvendo assuntos referentes à dimensão da fé e não a assuntos temporais agride o princípio da separação entre Estado e Igreja, que é uma conquista obtida pela nação brasileira e se constitui na base da nossa República;
II. - Para Igreja Católica Apostólica Romana, as demais religiões e seus ritos próprios são apenas “elementos de religiosidade” preparatórios ao cristianismo verdadeiro, do qual ela é exclusiva detentora: “Com efeito, algumas orações e ritos das outras religiões podem assumir um papel de preparação ao Evangelho, enquanto ocasiões ou pedagogias que estimulam os corações dos homens a se abrirem à ação de Deus. Não se lhes pode, porém atribuir à origem divina nem a eficácia salvífica ex opere operato, própria dos sacramentos cristãos. (DECLARAÇÃO "DOMINUS IESUS" SOBRE A UNICIDADE E A UNIVERSALIDADE SALVÍFICA DE JESUS CRISTO E DA IGREJA);
III. - A identidade jurídica peculiar do Vaticano, a apresentar-se ora como Estado, ora como Religião, facilita a tentativa de ingerência e pode confundir administradores sobre os limites das concessões, quando tratam de assuntos que transcendem aqueles meramente administrativos e temporais. E, por ser o Vaticano um Estado, não pode impor ao Estado Brasileiro a aceitação de sua religião e da Igreja que representa para a obtenção de privilégios e vantagens diferenciadas;
IV. - É inegável que tal Acordo é flagrantemente inconstitucional, pois fere a Constituição da República, que destaca em seu artigo 19: “É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-las, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; (..); III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si”. Ora, o Estado do Vaticano é o REPRESENTANTE da Igreja Católica Apostólica Romana. O ACORDO, portanto, é INCONSTITUCIONAL e não pode prosperar num Estado Democrático de Direito, pois fere a cláusula pétrea da Constituição da República no caput do Artigo 5º, ou seja, o princípio Constitucional da ISONOMIA;
V. - Que o referido Acordo Internacional nos artigos 7º, 10º e, principalmente, 14º, impõe DEVERES ao Estado Brasileiro para com a Igreja Católica Apostólica Romana nos planejamentos urbanos a serem estabelecidos no respectivo PLANO DIRETOR, que deverá ter espaços destinados a fins religiosos de ação da Igreja Católica Apostólica Romana, contemplando a referida Igreja com destinação de patrimônio imobiliário;
VI. - O termo católico após a expressão “ensino religioso”, contido no Acordo, afronta a previsão do § 1º do artigo 210 da Constituição da República, que preceitua: “O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental”. O Acordo com a Santa Sé consignou no § 1º do artigo 11 que: “O ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental...”. Trata-se de evidente discriminação religiosa;
VII. – a aprovação pelo Congresso Nacional do referido Acordo conferiu privilégios históricos à Igreja Católica Apostólica Romana em nosso País reconhecendo-os como direitos, constituindo norma legal, uma vez que acordos internacionais, conforme a Constituição de 1988, têm força de lei para todos os fins. Aquilo que a história legou, a cultura vem transformando e o Direito não pode aceitar por consolidar dissídio na sociedade brasileira, que tem convivido de forma tolerante com o legado, mas não o admitirá como imposição contrária ao direito à liberdade de consciência, de crença e de culto, amparado pela Carta Magna e pelo Direito Internacional;
VIII. - De igual forma, o Projeto de Lei n.º 5.598/2009 e o PLS 160/2009 denominado “Lei Geral das Religiões”, já aprovado pela Câmara Federal e pelo Senado, mero espelho do Acordo, incorre nos mesmos equívocos de inconstitucionalidade e desprezo à laicidade do Estado Brasileiro, estendendo as pretensões da Igreja Católica Apostólica Romana a todos os demais credos religiosos. O nivelamento no tratamento pelo Estado às religiões não pode ser amparado por fundamentos manifestamente inconstitucionais que agridem a soberania do Brasil e retrocede-nos ao indesejável modelo do “padroado” no Império.Ante o exposto, em consonância com a Palavra de Deus, sua única regra de fé e prática, e com a sua doutrina, a IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL manifesta-se contra a aprovação do Congresso Nacional do referido Acordo Internacional ou de qualquer norma legal que privilegie determinada religião/denominação em detrimento de outras; não considerando a cidadania dos ateus e agnósticos também presentes no Brasil, consagrando ingerência de Estado Estrangeiro sobre o Estado Brasileiro e afrontando a separação entre o Estado e a Igreja, preservada em todas as Cartas Constitucionais da República Brasileira.A IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL reitera sua submissão e intercessão em favor das autoridades constituídas, mas não abre mão de seu ministério profético nesta geração a denunciar todo e qualquer desvio contrário ao Estado de Direito e à Lei de Deus.

Brasília – DF, outubro de 2009Rev. Roberto Brasileiro SilvaPresidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil

MAIS UMA DO PAPA BENTO XVI














Bento XVI despreza um dos pilares da Reforma e reitera que só Igreja Católica tem interpretação “autêntica” da Bíblia.

Na mesma semana em que se comemorou os 492 anos da Reforma Protestante, o papa Bento XVI reiterou que apenas a Igreja Católica pode interpretar “autenticamente” a Bíblia. O dogma, que contraria frontalmente a tese do livre exame das Escrituras defendida por Martinho Lutero, foi lembrado pelo líder do catolicismo em um encontro com estudantes e professores do Pontifício Instituto Bíblico, no Vaticano, nas celebrações do centenário da instituição. “Somente à Igreja é destinado o trabalho de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita e transmitida, exercitando a sua autoridade em nome de Jesus Cristo”, defendeu o papa, na ocasião. Considerando as Escrituras como um livro “selado” se analisado fora da tradição da Igreja, o pontífice católico referiu-se à Igreja Romana como portadora da verdade: “É da Igreja, nos seus organismos institucionais, a palavra decisiva na interpretação da Escritura.”

"Os seguidores da Reforma do século XVI não precisam se preocuparem com essa opinião equivocada do Papa, pois eles nunca irão aceitar a queda do império Católico Romano. Porém o resultado da Reforma Protestante é notório em todo o mundo. O Calvinismo por exemplo, é o 3º pensamento que mais influência em 4 séculos. Portanto, Oremos para que Deus seja glorificado pelo Movimento reformador que aconteceu no século XVI e até hoje continua e deve continuar louvando-o pela volta à prática autentica a Soli Scripturas".

Fonte: CristianismoHoje.com.br

sexta-feira, 2 de abril de 2010

AS DORES DE JESUS NA CRUZ E SEUS BENEFICIOS PARA AS NOSSAS


Is 53.3-6; Mt 26.36-46

Na cruz de Cristo, temos os maiores benefícios para nossa vida.

“Somente conhecemos a Cristo, na medida em que conhecemos os benefícios de sua obra da cruz” - Calvino. Se entendermos o que Jesus fez por nós, encontraremos mudança em nossa vida. Há provisões abençoadoras na cruz de Cristo. Rios de bênçãos fluem da obra de Cristo na cruz.
Vejamos as bênçãos que nos vêm de Cristo na cruz:
O QUE ELE SOFREU (v.3)
Foi rejeitado e desprezado por todos.
Suportou dores e sofrimentos sem fim.
Foi ignorado como pessoa
POR QUE ELE SOFREU (VS 4,5 a )
Por causa de nossos pecados.
Por causa de nossas maldades.
O RESULTADO DE SEUS SOFRIMENTOS (vs 5b – 6)
Somos curados de nossas doenças pelo seu castigo.
Somos curados de nossas dores pelos seus sofrimentos.
Fomos recuperados de nossos descaminhos.
Nos substitui diante de Deus.
Vemos neste texto, portanto, a maravilhosa obra de Jesus na cruz por nós.
Vemos a grandiosidade de seus sofrimentos.
Suas feridas não foram tratadas para que as nossas fossem.
Suas aflições foram imensas para que as nossas fossem levadas embora (veja Is 52.14)
Ele sofreu injustamente e perdoou aqueles que o fizeram sofrer.
Estas afirmações nos levam a conclusões maravilhosas sobre os sofrimentos de Jesus.
Vejamos as bênçãos de seus sofrimentos para nós.
1 – NO SOFRIMENTO DE JESUS NA CRUZ, ENCONTRAMOS TAMBÉM, ALÉM DO PERDÃO DE NOSSOS PECADOS, A CURA PARA NOSSAS MAIS PROFUNDAS MÁGOAS.
Assim como na cruz, nossas dividas, nossos pecados são creditados a Cristo, e sua justiça creditada a nós - nossas feridas emocionais foram transferidas para os ombros dele. Assim como os pecados de quem se arrepende.
Jesus foi ferido emocionalmente. Ele foi ignorado, rejeitado, traído e desprezado totalmente para que nossos fardos emocionais fossem lançados sobre ele (ver 1 Pe 5.7)
Jesus foi abandonado, para que nos sentíssemos acolhidos. Ele experimentou o inferno parra que pudéssemos experimentar o céu.
2- NO SOFRIMENTO DE JESUS NA CRUZ, ELE CARREGOU NOSSAS MISÉRIAS EXISTENCIAIS PARA QUE FICASSEMOS LIVRES DELAS.
A angustia de Cristo na cruz foi extrema.
Sobre ele foram lançados todos os males do coração dos executores.
A ira de todos. O recalque de todos. A vingança de todos. O ciúme de todos.
Toda a sede de vingança. Toda a maldade humana foi descarregada sobre ele.
A vingança de todos, a fúria, a inimizade humana, tudo foi descarregado sobre ele.
No Salmo 22 temos demonstrações do que ele sofreu.
1. Ele sentiu-se abandonado por Deus v.1,2
2. Inferiorizado vs 4-6
3. Zombado v.7
4. oprimido vs 12,13
5. deprimido v.14
6. desanimado v.15
7. atacado v. v.16
Tudo o que sentimos na vida. Os piores traumas que carregamos.
Os piores complexos, as piores neuroses, as piores doenças da alma – foram sentidas por ele. Tudo foi lançado sobre ele. Não precisamos mais viver carregando estes pesos, ele carregou por nós.
3 – O SOFRIMENTO DE JESUS NA CRUZ, LEMBRA QUE NOSSA AUTOCOMISERAÇÃO DEVE TER UM FIM.
A cruz de Cristo, traz uma obra que age na vida de quem crê.
Não precisamos mais ficar lembrando do passado. Precisamos receber o perdão que Deus oferece. Ninguém precisa viver na culpa. Alguns pensam que a morte de Jesus não foi suficiente para seus pecados. Não podemos duvidar – ele é capaz de salvar todo aquele que crê.
Não precisamos viver no pecado.
Não precisamos viver na culpa. Não precisamos mais ficar olhando para nosso fracasso em se santificar. Precisamos olhar para Jesus na cruz.
4 – O SOFRIMENTO DE JESUS NA CRUZ NOS POSSIBILITA VENCER AS GUERRAS TRAVADAS NA NOSSA ALMA.
Veja que ele suportou o desprezo, sem desprezar.
Foi rejeitado, sem rejeitar. Suportou dores, sem provocar dores em ninguém.
Ele foi adoecido, sem adoecer. Ele foi provocado, sem provocar.
Ele foi machucado, sem machucar. Ele foi ferido, sem ferir.
Fizeram injustiça com ele, mas ele deu justiça.
Fizeram feridas nele, mas ele ofereceu cura.
Provocaram dores, mas ele ofereceu alivio. Fizeram guerra contra ele, mas ele deu paz.
Todos se voltaram contra ele, se lançaram para matá-lo, mas enquanto o matavam – dele saia vida.
Quiseram derrotá-lo, mas ele transbordou vitória.
O seu grito – “está consumado” – mesmo sendo dito na hora de sua morte, foi o maior grito de vitória. O maior grito de guerra que já foi proclamado.
Foi dito na aparente derrota. Foi dito depois do grito de abandono. Mas, foi o grito da vitória. Derrotado para si, mas vitorioso para todos nós.

Por isso, ele oferece vida para todo o nosso ser.